SÃO SALTEIRO
Maria da Ascenção de Jesus Matos Salteiro, nasceu a 17 de maio de 1953 na cidade de Setúbal.
Viveu até aos 27 anos nos concelhos de Setúbal e da Moita, a partir dessa altura mudou-se definitivamente, fatores que marcaram toda a sua vidacom conceções ligadas à História, ao Patrimõnio Natural e construído, bem como às tradições e costumes da região.
É licenciada em História e possui especialização em políticas para a educação ambiental.
A sua obra literária divide-se entre a poesia e a prosa.
Encontra-se aposentada desde 2019 e exerce funções na vertente do voluntariado.
” Não me peçam para dizer quem sou, ou provar como sou!…
Apenas sei, que sou realmente Eu…”
POEMAS DE SÃO SALTEIRO
MENSAGEM NUM DIA DE VERÃO
Hoje vou mandar-te uma mensagem!…
Apenas uma mensagem hoje
Que tenha a duração do Sempre!
Queria fazer um poema!…
Mas não tenho inspiração…
Mandar-te-ei então uma mensagem
Simples e rápida como todas!…
Nada complicada
Mas verdadeira
Como verdadeiros
São os meus beijos
Quando bebo o teu hálito
Com sabor a vida e a paixão
Quando procuro o mar infinito
No teu polhar calmo
Como o nosso Rio Sado num dia de Verão.
Hoje, vou mandar-te uma mensagem!…
Que minha seja para sempre
Que se funda na infinidade da vida
E com poucas frases apenas
Como são todas as mensagens!…
Eu te amo, porque amo o teu amar…
Que este amor seja sempre eterno
Como eterno é o azul do nosso Rio
Que funde sempre no mar!…
Naquele abraço doce e terno…
Hoje, vou mandar-te uma mensagem!…
Meu amor!…
PORQUE HOJE É SÁBADO
Porque hoje é sábado!…
Quero voltar à minha Cidade
Quero sentir o seu abraço
No meu rosto cansado…
Quero fazer uma caminhada
Ver as gentes nos cafés
Falando de coisas banais…
Que me façam reviver
E voltar a renascer
Desfazendo virgindades
Nos caminhos da Serra Mãe!…
Quero ouvir as tuas divindades
Em silêncios de paixão
Duma cidade que é deusa
Numa Terra sem igual,
Onde há sempre um rio azul
Que se perde no horizonte
E que eu quero levar
Até ao fim dos meus dias
no meu olhar.
O sonho, a sensação
Minha cidade
Num sábado de verão!…
PEGADAS NA AREIA
Hoje desenhei as minhas pegadas
Na areia da Praia…
Com elas contei a nossa história!…
Não um caminho…
Esse ainda não terminou.
Há tanta areia para caminhar
Tanto amor para te dar…
A brisa banha-nos os rostos
Tisnados pelo Sol,
De mãos dadas mergulhamos no mar
E sob este céu azul místico
Conjugamos bem juntos
Então em silêncio o verbo amar!…
PLANETA TERRA
Olho a Terra ressequida
Vejo os campos vazios
As árvores envelhecidas,sedentas
E choro!..
Não me envergonho de chorar…
Choro por ti Terra Mãe…
Pelo teu ventre estéril
Alguém tem que depositar A semente
Nos nos teu útero de VIDA,
Alguém tem que ser nuvem
E regar o mundo à sua volta!
Alguém tem que cuidar de ti
Terra Mãe !…
Choro por ti!…
Pelo teu ventre estéril
Pela fome que há no mundo
Sem ser culpa tua…
É da humanidade insana
Choro por ti Terra Mãe!…
Só peço à Humanidade
Que olhe para TI
E te dê novamente VIDA!…